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31.10.06

Pós-Graduação em Mediação Comunitária e Resolução de Conflitos

Fonte: Terra España – Espanha

A Universidade de Girona e o Grupo de Investigação e Estudo dos Conflitos (GREC) organizam, a partir de novembro, um Curso de Pós-Graduação em Mediação Comunitária e Resolução de Conflitos que abordará a responsabilidade social corporativa. Este curso, que está na sua segunda edição, tem uma duração prevista de sete meses e consta de aulas teóricas e práticas em distintas instituições públicas e privadas dedicadas à gestão do conflito.

A pós-graduação está dirigida a técnicos de instituições públicas, diretores, profissionais e trabalhadores de organizações privadas que lidem com a gestão de conflitos no âmbito público.

No curso os alunos devem obter um conhecimento exaustivo da tipologia dos conflitos, especialmente em nível municipal. Além disso, serão abordadas técnicas e instrumentos, teóricos e práticos, necessários para analisar, delinear e desenvolver processos de gestão e resolução de conflitos públicos, tais como geração de consenso, procedimentos de mediação, planos estratégicos ou comunitários, entre outros.

Para mais informações sobre o curso, clique AQUI.

30.10.06

Uma Polícia mais Comunitária

Fonte: SECOM MT - MT, Brasil

Está aí um exemplo que poderia ser seguido por todos os Estados Brasileiros...

Policiais Militares, Civis, Bombeiros Militares e Policiais Rodoviários Federais concluíram na sexta-feira (27.10) o 1º Curso Nacional de Multiplicador de Polícia Comunitária, realizado na Escola de Polícia Comunitária, localizada no Campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Meios de resolução pacífica de conflitos, mediação, conceitos úteis de multiplicadores de Polícia Comunitária, estes foram os temas da última aula do curso, ministrada por Renato Soares e Veridiana Iervolino, ambos psicólogos e especialistas em mediação de conflitos. Renato diz que a mediação visa desenvolver o empoderamento das partes, fazendo com que elas encontrem a melhor forma de resolver o conflito. “O primeiro contato entre as pessoas é de extrema importância, e para os policiais é interessante que avaliem o conflito e entendam a forma de como encaminhar o caso, o policial deve tratar o conflito saindo do paradigma culpado e inocente”.

A solenidade de encerramento foi no auditório da Faculdade de Administração, Economia e Ciências Contábeis (Faecc), no campus da Universidade Federal. E teve a presença de Hélio Leão, representante da Senasp, tenente Coronel Wilson Batista, coordenador do curso, tenente Coronel Suamy Santana, aluno do curso, Clélia Regina Guimarães, superintendente de Planejamento e Execuções da Sejusp e Ana Paula Morciça, representante do Conselho Comunitário de Segurança Pública (Conseg).

Hélio Leão explica que o curso objetiva desenvolver no espírito do policial a interação entre polícia, comunidade e gestão pública, aproximando-os para que se possa discutir a política de Segurança Pública. “Os policiais estão se habilitando como multiplicadores para trabalharem como corpo docente. Esta é uma doutrina inovadora, e Mato Grosso é um dos Estados pioneiros em Escola de Polícia Comunitária no Brasil”, ressalta.

O curso é promovido pela Secretaria do Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), através da Polícia Comunitária em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), por meio do Termo de Protocolo de Intenções, celebrado em 2005.

Trinta alunos participaram do curso, sendo eles dos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Rondônia. Além de Mato Grosso os Estados do Ceará e Pará encerraram as aulas no dia 27/10, perfazendo um total de 120 alunos que concluíram o curso.

Para o tenente Coronel Suamy Santana, “uma das experiências positivas que o curso passa é de integração dos órgãos de Segurança Pública, com o tema ‘Polícia Comunitária’, sendo importante para todas as instituições, com uma nova filosofia de fazer Segurança Pública, com foco no cidadão e comunidade, buscando uma parceria entre a sociedade e segurança, buscando uma atuação pró-ativa e preventiva”.

Os alunos já trabalham nas unidades operacionais, e agora com este curso eles terão condições de utilizar a criatividade para desenvolver maior contato com a comunidade, aliando a teoria com a prática. “E outro fator importante do curso é o marco da Escola de Polícia Comunitária, no desenvolvimento da qualificação dos professores da área de Segurança Pública, reforçando a política de governo com a consolidação da Polícia Comunitária no Estado de Mato Grosso”, conclui o tenente Coronel Batista.

De acordo com Matheus Couto, representante da Senasp, que esteve acompanhando o curso, “O curso prevê a integração entre a comunidade e os policiais, e através das avaliações que tiveram, há alguns alunos que se autocapacitam, mostrando a eles que realmente podem transmitir o conhecimento adquirido neste curso para outros policiais”, completou.

O próximo Curso Nacional de Multiplicador de Polícia Comunitária em MT, será realizado entre os dias 06 e 17 de novembro. E a terceira turma iniciará as aulas no dia 27 de novembro, encerrando no dia 08 de dezembro.

27.10.06

II Congreso Mundial de Mediação

Fonte: Hoy Tamaulipas - Victoria, Tamaulipas, México

De 6 a 11 de novembro Tamaulipas (México) será a sede do Segundo Congresso Mundial de Mediação e do VI Congresso Nacional dessa matéria, cujo objetivo é identificar delineamentos para o plano de políticas públicas dirigidas a generalizar a prática da mediação, visando melhorar as formas de convivência nos distintos espaços de interação humana.


Algumas das metas do congresso são avaliar os alcances e avanços da mediação como movimento de paz social, analisar os benefícios da mediação na construção de sociedades mais seguras e promover as contribuições da mediação no avanço da democracia. Dentre os palestrantes, estão Eduardo Cárdenas e Marines Suares(ambos da Argentina) e Juan Carlos Vezzulla (Portugal).

Nos dias 06 e 07 de novembro, nas cidades mexicanas de Tampico, Reynosa, Matamoreos, Nuevo Laredo e Victoria será realizado um pré-congresso no qual se desenvolverão mesas redondas sobre os temas de Instituições Socializadoras, Mediação e Segurança Pública. No pré-congresso, destacados expositores de diversos países realizarão conferências sobre a Revalorização e o Reconhecimento na Harmonização das Relações Familiares; Mediação Laboral; Mediação Política; Violência nas Escolas; Crianças e Adolescentes em Conflitos com o Direito Penal e Mediação, entre outros assuntos.

25.10.06

Mediação escolar pode detectar casos de violência doméstica

Fonte: O Primeiro de Janeiro – Porto, Portugal

A criação de equipes de mediação de conflitos nas escolas pode resolver casos de violência escolar e detectar situações de violência doméstica, defendeu ontem o presidente da Associação Portuguesa de Mediadores. Segundo Bruno Caldeira, por vezes os conflitos nas escolas podem surgir na seqüência de situações de violência doméstica e a mediação pode ser importante na detecção destes casos e no seu encaminhamento, podendo ser desempenhada por um professor, um auxiliar ou até mesmo por um aluno.

A associação está desenvolvendo um projecto-piloto com a Fundação para o Desenvolvimento Comunitário (Cebi), que consiste não só na criação de um gabinete de mediação para a comunidade em geral, como também dirigido à escola.

“Já começámos com a fase de sensibilização dos directores de turma e agora vamos iniciar a formação de professores, seguindo-se os auxiliares, pais e alunos”, explicou. O projeto visa encontrar respostas internas para a resolução dos problemas, adiantou.

24.10.06

Fórum sobre Cultura de Paz em Araçatuba

Fonte: Folha da Região - Araçatuba, SP, Brasil

Escrito por: Fernanda Mariano

Araçatuba, SP - A mediação é tida como a nova maneira de suprir as necessidades do Judiciário, estimulando a Justiça de Paz. O tema será destaque do 25º Fórum do Comitê da Alta Noroeste Paulista para a Década da Cultura de Paz, que será realizado no dia 24.10, às 18h, na Câmara Municipal de Araçatuba. Esta edição conta com Marina Junqueira Bernardes, advogada, especialista em mediação e arbitragem, diretora geral da Camanp (Câmara de Mediação e Arbitragem da Noroeste Paulista).

A mediação está inserida em cursos de diversas áreas. A palestra tem o objetivo de esclarecer o conceito e suas aplicações de modo a não confundi-la com uma solução mágica, de ilimitado uso, principalmente no que concerne aos conflitos familiares. O evento ressalta o pensamento de Jean-François Six, mediador e filósofo francês, que se refere à mediação como uma planta nova, ainda frágil, adolescente, que trabalha ardentemente e arduamente para tornar-se uma bela árvore. E, para chegar à idade adulta, é preciso que ela se torne tudo o que pode ser e tudo que poderá vir a ser - um espaço de criatividade pessoal e social, um acesso à cidadania.


A mediação pode ser utilizada em vários contextos, como nos conflitos familiares, de vizinhança, em escolas e demais instituições, assim como na reestruturação de empresas, principalmente naquelas familiares e nas questões relativas à sucessão de gerações na empresa, entre outros.

23.10.06

Campinas realiza Semana da Mediação

Fonte: EPTV - Rio de Janeiro, RJ, Brasil

O Centro Integrado de Cidadania (CIC) de Campinas inicia nesta segunda-feira (23) a Semana da Mediação. O evento tem como objetivo preparar pessoas da comunidade para resolver pequenos conflitos, como problemas que surgem nos bairros, sem a necessidade de acionar a Justiça.

Os candidatos receberão cerca de 40 horas de conteúdo didático, palestras e experiências simulatórias, com orientação de profissionais ligados à Mediação Comunitária, Psicologia e Direito.

Os interessados em fazer a preparação gratuita para se tornar mediador podem se inscrever pessoalmente no Centro Integrado de Cidadania em Campinas, à Rua Odete Terezinha Santuci Otaviano, 92, no Bairro Vida Nova, ou pelo e-mail mediacao@justica.sp.gov.br.

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Queridos assinantes e leitores do blog:

As notícias desta semana estão um pouco atrasadas devido a uma pequena viagem que fiz. Mas pretendo normalizar a situação em breve. Não esqueçam que vocês também podem participar do blog, enviando comentários, sugestões, textos, etc. A colaboração de vocês é muito importante!

Um forte abraço,

Lisiane Lindenmeyer Kalil
(Gestão de Conflitos Familiares)

18.10.06

Semana da Mediação na Flórida

Fonte: Suwannee Democrat - Live Oak, FL, EUA

Durante a “Semana da Mediação” (de 15 a 22 de outubro), os mediadores do Condado de Suwannee (Estados Unidos) pretendem informar o público acerca dessa forma de se lidar com os conflitos.

De acordo com o juiz William R. Slaughter II, quase 50 por cento dos casos que ingressam em juízo no Condado são resolvidos através da mediação. Esse processo oferece às pessoas envolvidas mais controle sobre o resultado, uma vez que é obtido de comum acordo entre elas, em vez de haver uma sentença “goela abaixo”, como destaca o referido magistrado.

No Condado de Suwannee, a mediação é obrigatória para os casos de menor complexidade, nos quais os participantes podem comparecer sem advogado. De acordo com o Centro de Resolução de Disputa da Flórida, 70 por cento dos casos nesse Estado são solucionados através da mediação. Os mediadores são usualmente pagos por seus serviços, mas alguns realizam a mediação voluntariamente.

16.10.06

Casais almerienses separam-se de forma consensual com a ajuda da mediação

Fonte: Ideal Digital - Andaluzia, Espanha

Profissionais do Direito, da Psicologia e do Serviço Social estão se interessando cada vez mais em desenvolver a mediação familiar na província espanhola de Almeria, buscando, com isso, transformar a cultura do litígio em uma cultura de paz. Embora os juizados de Almeria não contem com um sistema próprio de Mediação Familiar, prevê-se que a implantação desse tipo de serviço seja progressiva.

A administração andaluza tem dado tanta importância à mediação que acaba de lançar um programa denominado “Decálogo do Bom Divórcio”, que se propõe ajudar as famílias no processo de separação e também tem a finalidade de buscar um menor custo pessoal e emocional para os filhos. Dar atenção às crianças é importante, já que um estudo da Universidade de Granada revela que a maior parte das separações que se produzem ocorrem entre casais jovens – entre 25 e 35 anos, casadas há pouco tempo e com filhos pequenos.

A iniciativa, pioneira na Espanha, consiste em distribuição de folhetos com conselhos e informação sobre como enfrentar a separação e um vídeo que deve ser assistido antes do processo judicial, no qual se buscará pacificar as separações conflituosas. Na Andaluzia, em 2005, 26.000 casais se separaram ou divorciaram. A proporção de separações que se realiza na Espanha, de mútuo acordo, é de 65 por cento, uma cifra que pretende ser incrementada.

É sobretudo nas separações que a eficácia da mediação familiar se vislumbra especialmente importante, já que trata de diminuir os efeitos perniciosos, negativos e traumáticos da ruptura. Com a ajuda do mediador, as pessoas percebem de modo conjunto o conflito e, a partir daí, tomam consciência de seu problema e de sua possível solução.

15.10.06

Judiciário paraibano promove mediação em causas cíveis e de família

Fonte: Jornal da Paraíba - Campina Grande, PB, Brasil

A exemplo do que vem acontecendo em outros Estados brasileiros, como Alagoas, Pernambuco, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, o Poder Judiciário paraibano também está aplicando com sucesso o método da mediação em processos cíveis e ações de família.

Esse recurso é aplicado geralmente em ações de divórcio litigioso, alimentos, modalidades de guarda, regulamentações de visitas, entre outras situações. “Apesar de não ser uma terapia familiar, a mediação visa à solução pacífica das controvérsias e a harmonia social dentro da família”, explica a coordenadora do Setor Psicossocial do Fórum Cível, a psicóloga Eveline Cavalcanti Jansen.

Já a psicóloga Ângela Fernanda Cardoso Leite observa que a mediação não deve ser confundida com a conciliação, que é outro método de solução de conflitos. Ela é uma das autoras do projeto de mediação no âmbito do Judiciário Paraibano. Segundo a psicóloga “na conciliação o acordo é finalidade e cabe ao conciliador sugerir alternativas, enquanto que na mediação o acordo é uma conseqüência possível e o mediador atua apenas como um facilitador da comunicação”.

O processo de mediação no Setor Psicossocial do Fórum Cível funciona da seguinte forma: quando os processos judiciais são remetidos às psicólogas e assistentes sociais para estudo de caso e parecer, eles são lidos um a um pelas profissionais. Em seguida, é feita uma triagem dos casos que podem ser submetidos com chances de sucesso ao recurso da mediação. O passo seguinte é convidar as partes para se apresentar ao Setor Psicossocial.

“Os envolvidos não são obrigados a participar da mediação. É bom lembrar que ela é uma alternativa, uma opção para os litigantes”, explica a coordenadora Eveline Jansen. Caso aceitem o convite para mediação, as partes (que podem vir acompanhadas de seus advogados) se encontram no setor, na presença de uma psicóloga e uma assistente social, que atuarão como mediadoras sem interferir ou opinar.

“Geralmente para a solução dos conflitos são necessários vários encontros de mediação. São no mínimo quatro encontros, mas quando chegamos ao final desse processo e a mediação é alcançada nos sentimos recompensadas por todo esforço empreendido”, diz Eveline. Para a psicóloga Ana Bela Cyrillo, a mediação é bem menos traumática que outros métodos, judiciais ou extrajudiciais, para solução de impasses. “É uma forma de agilizar o processo e resolver os conflitos sem desgaste maior das partes”, afirma.

11.10.06

Postos dos tribunais portugueses informam sobre mediação

Fonte: Diário Digital - Lisboa, Portugal

O ministro da Justiça português afirmou, na inauguração do primeiro Posto de Atendimento nos Tribunais, que esta iniciativa permite informar melhor o cidadão sobre o estado dos processos e melhorar as condições de trabalho dos funcionários judiciais, que não têm que se dividir entre o trabalho nos processos e o atendimento ao público.

O posto de atendimento nos tribunais também fornece ao cidadão informação institucional sobre meios de resolução alternativa aos litígios, como é o caso dos Julgados de Paz e dos vários tipos de Mediação. Segundo o ministro da Justiça, esta experiência, que poderá no futuro vir a ser expandida a outros tribunais, visa facilitar a vida dos cidadãos uma vez que facilita o acesso a informações sobre os processos que estão pendentes, onde ocorrem as audiências e outras diligências importantes para o usuário da Justiça.

10.10.06

Vamos mediar!

Fonte: Luton Today - Woodston, Peterborough, Reino Unido

Os tribunais da Inglaterra, ao apoiarem a “Semana Nacional da Mediação”, estão estimulando as pessoas lidarem com seus conflitos de uma forma menos litigiosa. A campanha promove a mediação como um meio mais flexível, rápido e menos oneroso que o processo judicial.

A mediação tem o benefício de um ambiente menos hostil para as pessoas discutirem seus problemas e também permite resultados mais flexíveis do que aqueles disponíveis para um juiz – por exemplo, doações para caridade, um pedido de desculpas ou um acordo mutuamente aceitável. Pode ser utilizada para um grande número de questões, incluindo disputas comerciais, danos pessoais, assédio, conflitos familiares.

Um mediador local afirmou que: "Going to court can be expensive, time-consuming and stressful. Mediation offers a way for people to keep their solicitors with them if they want to but resolve their disputes themselves in confidence. This offers closure for all concerned in a way that the court frequently can't."

A Semana Nacional da Mediação vai até sexta-feira (13.10) e maiores informações sobre a mediação podem ser encontradas no endereço: www.nationalmediationhelpline.com

9.10.06

Mediação em Portugal

Semana da Mediação

Fonte: O Primeiro de Janeiro - Porto, Portugal

A Associação de Mediadores de Conflitos promove a partir de hoje a “2.ª Semana da Mediação”, destinada a divulgar as vantagens deste meio alternativo de resolução de litígios. A Associação foi crida em 16 de Setembro de 2002 e conta atualmente com cerca de 200 mediadores, estando na sua gênese os primeiros mediadores de conflitos formados em Portugal para os Julgados de Paz. A mediação pode incidir sobre conflitos em geral, mas também sobre áreas mais específicas, pelo que a “2.ª Semana da Mediação” terá conferências e atividades abertas ao público na área da Mediação Escolar (Lisboa), Comunitária (Lisboa e Coimbra), Penal (Viana do Castelo) e Familiar (Algarve).


Ministério da Justiça promove curso de capacitação para formadores em mediação

Fonte: A Semana online - Portugal


O Ministério da Justiça promove de 9 de Outubro a 3 de Novembro, um curso de capacitação para formadores de mediadores, que visa capacitar os profissionais da área para o reforço da regra do direito em Cabo Verde. O curso é destinado a 25 profissionais das áreas de advocacia, sociologia e psicólogos, bem como a líderes comunitários, assistentes sociais, e assistentes das Casas de Direito. O evento, que tem uma carga horária total de 180 horas, será ministrado pelo representante do Instituto de Mediação e Arbitragem do Brasil, Adolfo Braga Neto.

A ação de formação é fruto de um financiamento do Banco Mundial, que visa reformar o setor jurídico e judiciário, de forma a tornar a justiça mais eficiente, célere e mais próxima do cidadão. A cerimônia de abertura, a ser presidida pelo ministro da Justiça, Manuel Andrade, acontece às 9h, no Instituto Nacional de Administração e Gestão (INAG).

6.10.06

Instituto norte-americano lança curso sobre Advocacia na Mediação

Fonte: PR Web (press release) - Ferndale, WA, EUA

O “National Institute for Trial Advocacy” (NITA), anunciou no dia 05/10 que está lançando um curso de treinamento para advogados que pretendem atuar em frente a um mediador. Enquanto há centenas de cursos para aqueles que desejam ser mediadores, o programa de “Advocacia na Mediação” do NITA é um dos primeiros a treinar advogados e outros profissionais em como melhor representar os interesses de seus clientes durante a mediação.

O curso de “Advocacia na Mediação” foca nas habilidades práticas para ajudar o defensor a escolher um mediador, identificar os interesses das partes, gerar opções, evocar o apoio do mediador, saber quando revelar informação e como lidar com um oponente adversarial ou mediador fora dos padrões, tudo dentro de um contexto de desenvolver e implementar um plano de representação da mediação. Os participantes do curso ganham experiência através da realização de três mediações.

“As mediation and other forms of alternative dispute resolution enter the litigation arena, training lawyers for the distinctive rigors of mediation is crucial to effective representation,” disse o presidente do NITA, Laurence Rose. “Just as in jury trials, justice is served by improving the skills of advocates for those who need it most.”

5.10.06

Lidando com o divórcio

Fonte: Hendon & Finchley Times - Hendon, Inglaterra

A cada ano, o “North London Family Mediation Service” (NLFM), in Ballards Lane, North Finchley (Londres) ajuda 130 casais a chegarem a um acordo amigável sobre questões envolvendo os filhos, as propriedades e finanças após a separação. A mediação é especialmente indicada para as disputas de família, nas quais há mais incentivo para tentar fazer um divórcio menos danoso possível, particularmente quando crianças estão envolvidas.

O NLFM existe há 15 anos e possui cinco mediadores. Cada sessão de mediação dura uma hora e meia e geralmente são necessárias até três sessões para se chegar a um acordo sobre a parentalidade (visitas, moradia das crianças, etc.), ou de três a seis sessões se as questões de propriedade e finanças também estão envolvidas.

Lidar com os sentimentos na mediação é mais fácil porque tudo que é dito nas sessões é confidencial, não podendo ser usado mais tarde no tribunal. Mas a mediação não se desvia completamente do sistema judiciário. As partes são encorajadas a entrar em contatos com advogados no começo e no fim do processo, para assegurar que aquilo que foi acordado é realmente de seu interesse.

É um método que tem uma alta taxa de sucesso. As pesquisas têm mostrado que a maioria dos casais entra em acordo na mediação em apenas um terço do tempo que levaria se eles negociassem o mesmo acordo através de advogados. Mas ainda muitas famílias que passam por uma situação de divórcio podem estar sofrendo pela falta de conhecimento sobre a mediação.

4.10.06

Juizados espanhóis apostam na mediação entre acusados e vítimas

Fonte: vLex - Espanha

Três juizados penais de Madri e um de Navarra realizam um programa de mediação entre os acusados e as vítimas de um delito. Ambos os lados podem decidir qual a pena mais adequada para o ofensor. Esse sistema é realizado de forma voluntária e nos casos onde o acusado tenha reconhecido os fatos.

A mediação penal tem se implantado aos poucos nos juizados espanhóis. Esse sistema de resolução de conflitos responde a um programa coordenado pela Associação de Mediação para a Pacificação de Conflitos, com o acompanhamento do Conselho Geral do Poder Judiciário. A Catalunha foi a comunidade pioneira na realização da mediação.

Entretanto, a legislação proíbe a utilização da mediação para os casos de violência de gênero. As “Audiências Proviciais” também não aplicam esse método, já que são encarregadas de julgar delitos mais graves. No restante dos casos, sua utilização é permitida. Os delitos que mais recorrem a esse sistema são os relativos a roubos, lesões, furtos ou ameaças.

Colégio espanhol forma alunos como mediadores de conflitos

Fonte: Europa Press – Espanha

Um colégio da localidade valenciana de Manises (Espanha) tem formado grupos de alunos como “mediadores escolares” para a resolução de seus próprios conflitos. O colégio participa do projeto “Comenius”, dentro dos programas europeus “Sócrates”, na especialidade de mediação, junto com outros seis colégios da Romênia, França, Escócia, Alemanha, Itália e Portugal.

Através do programa, os estudantes intervêm em todos os conflitos que surgem nos espaços comuns do colégio. Entre os requisitos para ser mediador estão a formação prévia da criança e o conhecimento e autorização dos pais. Na maior parte dos casos, o simples diálogo entre os alunos resolve o conflito. Os mediadores usam uma touca amarela e branca e atuam em pares.

2.10.06

Mediação Judicial ganha espaço em Bariloche

Fonte: Rio Negro On Line - Rio Negro, Argentina

O Centro Judicial de Mediação em Bariloche (Argentina), que iniciou em abril de 2004, já conta com quase 2.000 casos. Cerca de 80% são conflitos que obrigatoriamente têm que passar pela mediação antes de chegar a juízo, sendo que 44% resultaram em acordo, conforme os dados estatísticos apresentados.

Os números são promissores para a justiça da província, já que está alcançando o propósito de descongestionar os tribunais de causas que podem ser resolvidas em um âmbito prévio de litígio.

Em setembro desse ano entrou em vigor a lei provincial sobre a Mediação, que dispõe, entre outras coisas, sobre a obrigatoriedade de vários tipos de conflitos passarem por esse processo antes de ingressarem em juízo. A obrigatoriedade é relativa ao encaminhamento para a mediação, não ao acordo.

A mediação permite uma abordagem distinta, na qual os envolvidos podem conduzir os conflitos. Além disso, a resolução não tem o caráter impessoal dos tribunais, onde um juiz elabora uma sentença que é alheia às partes em disputa. Na mediação, trata-se de identificar as características do conflito e alcançar acordos satisfatórios, evitando atitudes extremas.

"Los conflictos tienen una lógica y una vez que ha sido desentrañada por el diálogo, el acuerdo se torna posible", afirma o magistrado Luis María Escardó, o principal defensor da mediação em Bariloche. Segundo Escardó, "la mediación le da la oportunidad a la gente de exponer problemas que están afectando su situación psicológica o su calidad de vida, como a menudo son los problemas entre vecinos".